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terça-feira, 26 de abril de 2011

Noticia antiga de Meijinhos

Noticia antiga de Meijinhos



terça-feira, 21 de outubro de 2008

Pais de alunos de Meijinhos, Lamego, estão a tentar provar que trabalham a maior parte do tempo em Lazarim para aí poderem colocar os seus filhos na escola, depois de avisados das consequências de não os levarem às aulas. Quatro meninos de Meijinhos ainda não foram este ano lectivo às aulas, porque os pais pretendem a sua transferência da escola do 1º ciclo do ensino básico da Galvã (freguesia de Cepões) para a de Lazarim. Joaquim Carvalho, tesoureiro da Junta de Freguesia de Meijinhos, que tem acompanhado de perto a situação, contou à Agência Lusa que "tem havido reuniões com os serviços da Câmara para tentar resolver imediatamente a situação", até porque os pais já foram alertados pela GNR e pela Comissão de Protecção de Menores das consequências que podem advir de impedirem os filhos de ir à escola. "A Comissão de Protecção de Menores deu oito dias aos pais para resolverem o problema, senão mete-lhes um processo em cima porque estão a proibir os filhos de ir à escola", contou. Os pais também já receberam a visita da GNR, que "disse que ficaria à espera a ver se tudo se resolve, senão teria de informar o Ministério Público", acrescentou. Os pais e a Junta de Freguesia de Meijinhos começaram a pedir em Julho a transferência das crianças para Lazarim, usando como principais argumentos as dificuldades de adaptação à escola da Galvã e o facto de a escola de Lazarim ter melhores condições, tendo o conselho executivo do agrupamento de escolas da Sé de Lamego indeferido o pedido. Nesse âmbito, em Agosto, os pais enviaram um abaixo-assinado à directora regional de Educação do Norte, onde usavam também outros argumentos, como a maior afinidade cultural entre Meijinhos e Lazarim e o facto de o trabalho dos encarregados de educação ser durante a maior parte do ano nesta freguesia. "É isso que agora os pais estão a tentar provar, mas estão a exigir a apresentação do contratos de trabalho", contou Joaquim Carvalho. No início do ano lectivo, eram cinco as crianças nesta situação, mas o pai de uma delas acabou por pedir a transferência para Arneirós, com o argumento de aí trabalhar, não lhe tendo sido colocados entraves. Contactado pela Lusa, João Aguiar, da Federação Regional de Associações de Pais de Viseu, lamentou que "o agrupamento esteja a pedir coisas incríveis aos pais para comprovarem o local de trabalho, como cópias dos contratos de trabalho e até da declaração do IRS", quando, "numa situação normal, bastaria uma declaração da Junta de Freguesia de Lazarim". "No caso do pai que pediu a transferência para Arneiros deram autorização e tratava-se de outro agrupamento. Neste caso, que até é para uma escola do mesmo agrupamento, com o mesmo projecto educativo, estão a ser postos imensos entraves", frisou. João Aguiar criticou ainda o facto de a Direcção Regional de Educação do Norte não ter dado resposta aos pais, anunciando que a Federação vai pedir a intervenção da ministra da Educação "como mediadora neste processo, para resolver este impasse e as crianças serem colocadas em primeiro lugar". A Lusa tentou obter, sem sucesso, um comentário do presidente do Agrupamento de Escolas da Sé e da DREN.

Lamego: GNR notifica pais para levar filhos à escola
Crianças de Meijinhos ainda não foram àsaulas. Pais podem perder a custódia dos menores
Os pais não aceitam uma escola e exigem outra para os filhos. Os responsáveis não cedem. E o impasse nunca mais acaba. Entretanto, sofrem as crianças, que este ano ainda não foram às aulas. Já lá vai mais de um mês.Quatro crianças da aldeia de Meijinhos, Lamego, ainda não foram às aulas este ano lectivo. Já lá vai mais de um mês. Os pais recusam-se a deixá-las ir para a escola do primeiro ciclo da Galvã, que frequentaram o ano passado, mas onde tiveram problemas de integração e assistiram a um caso de agressão física em pleno recreio escolar, perpetrado por um estanho. Em vez da Galvã, querem os filhos a estudar na escola de Lazarim.A posição de intransigência dos encarregados de educação, já levou a que a GNR os notificasse. Ontem, foi a vez da Comissão de Protecção de Crianças e Jovens de Lamego intervir, para evitar que o caso não chegue ao Tribunal de Menores. No limite, os pais podem perder a custódia dos filhos."Só se formos obrigados é que os deixamos ir para Galvã", desabafa Samuel Fernandes, pai de duas meninas gémeas, de nove anos, matriculadas no 4º ano de escolaridade, que atiras as culpas contra a direcção do Agrupamento Vertical de Escolas da Sé, em Lamego. "Pedimos a transferência das quatro crianças para Lazarim, mas a pretensão foi-nos indeferida. Recorremos da decisão e ainda estamos à espera da resposta", revela.Entretanto, a situação já foi levada também ao conhecimento do governador civil de Viseu e da Direcção Regional de Educação do Norte (DREN). Os pais ponderam ainda escrever uma carta à própria ministra da Educação e deslocar-se ao Porto, para falar directamente com a directora regional de Educação, que em Agosto, já recebeu um abaixo-assinado subscrito pela população de Meijinhos.No documento, os pais argumentam que "a escola de Lazarim não se encontra sobrelotada, podendo, por isso, albergar estes alunos". E que esta pertence ao "mesmo agrupamento, pelo que os alunos mantêm o mesmo projecto educativo" e também que "oferece melhores condições físicas para o acolhimento" dos seus filhos.Alegam ainda que "existe uma enorme afinidade cultural entre as duas freguesias (Meijinhos e Lazarim), não se verificando o mesmo entre a de Cepões", sede de freguesia da aldeia da Galvã.No abaixo assinado, fazem também referência à "proximidade geográfica", sustentando que "a freguesia de Meijinhos confina com a de Lazarim, sendo difícil de perceber onde começa uma e acaba a outra"."Não queremos os nossos filhos na escola da Galvã. Eles não se deram lá bem o ano passado. Até uma das nossas crianças foi agredida por um adulto que entrou para o recreio", lembra Samuel Fernandes.O Sindicato dos Professores da Região Centro (SPRC) considera a situação "deplorável". Francisco Almeida, da direcção em Viseu daquela estrutura sindical, explica que o que acontece em Meijinhos "é o resultado da política de encerramento de escolas, feita de forma cega pelo Ministério da Educação. A ministra devia saber deste caso, e reflectir, olhar para trás e arrepiar caminho".A escola do primeiro ciclo de Meijinhos encerrou há sete anos, por insuficiência do número de alunos.

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