Mensagem de Meijinhos

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domingo, 7 de fevereiro de 2021

CALENDÁRIO DE SEMENTEIRAS


 


 

CALENDÁRIO "O SERINGADOR"

Janeiro
"Luar de janeiro, sol de julho"

Se o tempo permitir, deve cuidar-se em lavrar as terras fortes e argilosas destinadas às sementeiras da primavera.
Devem fazer-se as cavas para os espargos, abóboras e batatas.

Fevereiro
"Neve em fevereiro, presságio de mau celeiro"

Preparam-se as terras para as culturas hortenses e semeia-se rabanetes, couve-flor, brócolos, repolho, cebola, cenouras, espinafres, beterraba, melão, pepinos, abóboras para temporão.
Em terras quentes, alface e todas as pevides azedas.

Março
"Se queres bom cabaço, semeia em março"

Planta-se cebolo e batatas.
Principiam as sementeiras de espargos e morangueiros.
Continua a sementeira de melão, pepino, e abóbora. Em terras quentes, alface, cenoura e todas as pevides azedas.

Abril
"Vinha que rebenta em abril, dá pouco vinho para o barril"

Semeia-se pepino, alho-francês e alface.

Maio
"Favas o maio as dá, o maio as leva"

Semeia-se abóboras, feijão de trepar, ervilhas, pepinos, melões, alface, cenouras, cabaças.
Plantam-se tomateiros e toda a qualidade de couves.

Junho
"Chuva em junho, peçonha do mundo"

Semeiam-se ou plantam-se: alfaces de repolho, alface romana, cenouras, couve-nabiça, couve-rábano, couve-rutabaga, couve sem repolho, cebola comum, espinafres, ervilhas, feijões, rabanetes, salsa.



Julho
“Julho quente, seco e ventoso, trabalha sem repouso”

Plantam-se nabos, cebolas, cenouras.
Semeiam-se couves tardias.
Nos melões e melancias, as regas devem ser abundantes mas pouco frequentes, para que os frutos não se tornem aquosos e sem sabor.
Quando tiverem atingido metade do volume, não se devem regar mais.

Agosto
“Os nabos querem ver o luar de agosto”

Semeiam-se rabanetes, alfaces, couve-flor, espinafres, favas, nabos, e cebola branca temporã.
Recolhem-se as sementes de ervilhas, favas, cenouras, beterrabas e couves.

Setembro
“Setembro molhado, figo estragado”

Sem indicações relevantes para a horta.

Outubro
“Outubro suão, negaças de verão”

Semeiam-se favas, nabos, alhos, espargos, espinafres, alfaces, rabanetes salsa.
Planta-se couve-galega, repolho, espargos morangueiros.
Dispõem-se ma terra dentes de alho, devendo preferir-se os maiores que depois darão cabeças mais volumosas.

Novembro
"Pelo S. Martinho, semeia o teu cebolinho"

As sementeiras são insignificantes nesta época. Ainda se semeiam alhos, cebolas e outras sementes de hortaliça.


Dezembro
"Em dezembro descansa, em janeiro trabalha"

Ainda se semeiam alhos, cebolas e outras sementes de hortaliça.

 


CALENDÁRIO "BORDA D' ÁGUA"

Janeiro
"Bons dias em janeiro enganam o homem em fevereiro"

Lavoura das terras e preparação das culturas de Inverno, como a da batata, iniciando-se onde for possível, a plantação precoce. Semear fava, ervilha, alface e rabanete.
No Norte e no Centro - semear couve-galega, nabo, nabiça, rabanete, salsa e tomate.
No Sul – semear cenoura, couves, ervilha, feijão, nabiça e tomate.
Em estufa ou cama quente - plantar pepino, melão, pimento. Semear canteiros de cenoura, alho, cebola, alface, ervilha, alho-francês e salsa.
Na Horta – semear (em canteiros ou alforges bem abrigados e defendidos das geadas) alface romana, couve repolho, e rabanete.

Fevereiro
"Neve em fevereiro, presságio de mau celeiro"

As terras para sementeira de primavera devem estar lavradas.
No Norte e Centro – semear alface (a transplantar em março - abril), couves, nabo, nabiça, pimento, alho-francês, repolho, feijão e tomate.
No Sul – semear abóbora, cenoura, couves, ervilha, pimento, feijão, nabiça, pepino, tomate e melancia. Transplantar as cebolas a colher em maio-junho e as couves semeadas em dezembro a colher em junho-julho (repolhos). Plantar batata (colher em junho).
Na horta – semeara alho-francês, beterraba, cebola, cenoura, coentro, couve-flor, espargos, ervilha espinafre, fava, feijão, melancia, nabiça, pimento, rabanete, repolho, salsa, segurelha e tomate.

Março
"Em março, onde quero eu passo"

Prepara a terra para o milho e a batata de regadio.
Na horta – preparar as estacas para feijões e ervilhas.
Semear abóbora, melancia, melão, pepino, salsa, tomate.

Abril
"As manhas de abril, são doces de dormir"

Em abril mondar a sachar os campos semeados no mês anterior; rega matutina.
Plantar espargos e morangueiros.
Na horta – semear (no Crescente) em local definitivo, abóbora, batata, beterraba, brócolos, cenoura, couves, fava, feijão, melão, melancia, nabo, pepino e tomate.
Nos últimos dias do mês, semear feijão temporão.

Maio
"O maio me molha, o maio me enxuga"

Semear girassol.
Na horta – (no Crescente), em local definitivo, semear e plantar aboboras, agrião, alface, beterraba, brócolos, cenoura, couves, espinafres, feijão, melancia, melão, nabo, pepino, pimentos, rabanetes, repolho.
Plantar tomate e tratar o já plantado com calda bordalesa.

Junho
"Junho floreiro, paraíso verdadeiro"

Na horta – semear em viveiro alface, alho-francês, repolho, couve-flor, couve-bruxelas, couve-nabiça, couve-rábano e couve-galega.
Em local definitivo semear cenoura, nabo, rabanete, salsa.
Colher a batata de fevereiro.
Cuidar dos morangos.
Continuar a sementeira de feijão para consumo em verde.
Plantar batata, pimento e tomate.
Colher cebola, alho e aipo da sementeira de janeiro.


Julho
“Em julho, debulhar”

Na horta – semear agriões, alfaces, cenoura, feijão de trepar e anão, nabo, rabanete, repolho, salsa, couve-Bruxelas, couve-nabiça e couve-flor.
Semear feijão-verde e alfaces (para antes dos primeiros frios do Inverno), nabos e couves tardias.
No final do mês, semear cenoura, rabano, salsa, beringela, cebola, cenouras, couves, espinafres de verão, feijão e tomate.

Agosto
“Quem casa em agosto, não casa a gosto”

Na horta – em local definitivo, semear agriões, espinafres, feijão, nabo, rabanete, repolho de inverno, salsa.
Em canteiro, semear acelga, alface e couve nabiça.
Cavar e sachar as hortaliças.
Em estufa, semear ervilha e feijão.

Setembro
“Em setembro, vindimar”

Na horta – semear, ao ar livre e em local definitivo, agriões, cenouras, feijão, nabo, rabanete, repolho, salsa.
Em canteiros, semear acelgas, alfaces, alho-francês, cebolas e tomates.
Plantar com as primeiras chuvas, os morangueiros, regando até pegarem.
Colher feijões e cebolas maiores para semente.

Outubro
“Em outubro, o lume já é amigo”

Na horta – resguardar do gelo e prepara canteiros para a sementeira de alface e cebola. Semear em local definitivo agriões, cenouras e rabanetes.
Colher feijões.
No fim do mês, plantar morangueiros, alhos e cebolinhas.
Colocar em local definitivo as couves de Primavera e a alface de Inverno.

Novembro
"Em novembro, põe tudo a secar, que pode o sol não voltar"

Na horta – semear agrião, alface, cenoura, couves, com exceção da couve-flor e brócolos. Plantar batata (nas zonas secas), alho, couve temporã, tremoço.
Semear fava, ervilha, e em camas quentes, alface, beterraba, cebola, nabiça, nabo, rabanete e tomate.

Dezembro
"Em dezembro chuva, em agosto uva"

Resguardar as plantas do gelo.
Onde mão houver geadas, continuam as sementeiras de cebola, couves, beterraba, nabiça, pimentos, tomate e salsa.
Em sítios abrigados pode-se ainda semear agriões, espinafres, alfaces, favas e ervilhas. 


 

sábado, 16 de janeiro de 2021

Difrenças de Meijinhos antes e de hoje

 Aproveitando a campanha Eleitoral partilho essas difrenças que os politicos nos fizeram, e se alguem tiver oportunidade de confrontar algum politico com esta questão seria bom.



quinta-feira, 7 de janeiro de 2021

Seminário em Ação de Promoção Vocacional

 Para lembrar e recordar

No passado dia 8 de fevereiro deslocara-se até à Paróquia de Meijinhos, concelho de Lamego, os seminaristas e formadores do Seminário de Nossa Senhora de Lourdes (Resende) para mais uma Ação Vocacional em paralelo com a festa de S. Brás, celebrada pela mesma comunidade, no dia acima referido.

A participação na solene Eucaristia e Procissão (pegando em alguns andores) não deixou as pessoas indiferentes, uma vez que, em diálogo com o pároco os fiéis quiseram oferecer a partilha da refeição com os seminaristas e seus formadores, sendo estes distribuídos por grupos de 2 elementos por casa família. Tal atitude, também, não passou indiferente aos seminaristas quando as pessoas demonstraram o desejo de lhes abrir as portas de suas casas.

Dizemos que o rosto do Seminário é o rosto de todos aqueles que o formam. É um facto. Cada um dos rapazes levou consigo o Seminário (uma casa) até uma família (outra casa).

Em dia que se escutara a passagem de S. Paulo “ai de mim se não evangelizar”, da Liturgia da Palavra do V Domingo do Tempo Comum, também os nossos rapazes tiveram a oportunidade de participar neste mandato do Senhor a propósito da evangelização, dando testemunho da sua vida e da sua experiência vocacional à imagem de Job que perante todas as dificuldades, pelas quais passou ao longo da sua vida, nunca deixou de confiar em Deus «Saí nu do ventre da minha mãe e nu voltarei para lá. O Senhor mo deu, o Senhor mo tirou; bendito seja o nome do Senhor!» (Job 1, 21).

                Embora tudo isto sejam apenas simples pormenores de um dia passado no seio de uma comunidade, o que é certo é que ficam presentes e recordados na vida de cada um, porque – seja na escola, em casa no meio da família, no local de trabalho, em todo o serviço pastoral nas comunidades – todos estes espaços são lugares que precisam do nosso testemunho sobre Jesus Cristo e sobre o Evangelho.

                À comunidade de Meijinhos, em nome da comunidade do Seminário de Nossa Senhora de Lourdes, o nosso bem-haja, bem como a Rev. Pe. Inocêncio e a todas as famílias pelo carinho com que nos receberam. Por todos rezamos e agradecemos a forma como nos acolheram.

Sérgio Carvalho, SMR, in VOZ DE LAMEGO, n.º 4300, ano 85/13, de 10 de fevereiro de 2015

Visita Pastoral de D. António Couto na Paróquia de Meijinhos

 Para recordar

Paróquia de Nossa Senhora da Piedade de Meijinhos

Decorreu nos dias 9 e 12 de Julho.

Pelas 5 horas da tarde, o Sr. Bispo reuniu-se com os crismandos numa das salas da residência paroquial. Seis jovens, um pouco tímidos, mas de coração aberto e disponível para receber o Sr. D. António. A timidez deu lugar à serenidade e à abertura da mente e do coração. O Sr. Bispo começou por explicar os momentos principais da Administração do sacramento do Crisma: a profissão de Fé, a oração e imposição das mãos e a unção. Sempre numa atitude de diálogo, explicou principalmente o  significado da unção. Às seis, a população de Meijinhos reuniu-se na Igreja Paroquial para a celebração da eucaristia e administração do sacramento da Santa Unção. Foi um momento de ternura para com os mais fragilizados e doentes. Desde mais velhinhos aos que se arrastaram com canadianas, todos estavam presentes. A Eucaristia foi animada pelo grupo coral. O sr. Bispo baseando-se nas leituras próprias do dia ferial pediu a todos que temos de ser construtores da paz e da união entre os irmãos. Os irmãos venderam José, mas também foi Deus que o enviou ao Egito para um dia mais tarde os socorrer e ajudar. A conclusão é óbvia: todos nós, como José, temos de ter os braços abertos para receber os nossos irmãos e ser semeadores da paz, do amor e da alegria. Recordou ainda o exemplo de S. Francisco de Assis que se despojou de tudo e começou a viver uma nova vida. No Final deste dia, reuniu-se com os agentes pastorais desta comunidade (Conselho Económico, responsáveis da Mensagem de Fátima do Apostolado da Oração, Grupo Coral, Irmandade do Santíssimo e Comissão da Festa de S. Brás). A Todos os presentes, o Senhor Bispo quis saber o que faziam e como faziam. A todos convidou a fazer uma nova evangelização, recordando as palavras do papa Francisco “Igreja em saída”.

Com muito calor e rajadas de vento, às 4 horas da tarde, a comunidade de Meijinhos recebeu o Sr. Bispo. Este brincou com a situação lembrando o dia de Pentecostes e que faltavam os baldes de óleo para verdadeiramente, na comunidade de Meijinhos se concretizar esse momento ímpar na vida da Igreja.

Iniciou-se a Eucaristia solenizada pelo grupo coral e por toda a assembleia, nomeadamente pelos confirmandos que leram as leituras, a oração dos fiéis e levaram os dons ao altar para o ofertório. Na homilia o Sr. Bispo começou com as palavras da saudação inicial “é com o título de irmãos e irmãs que nos devemos reunir neste local”, depois pegando no salmo 85, salmo do dia, em que nos fala “encontraram-se a misericórdia e a fidelidade, abraçaram-se a paz e a justiça, a fidelidade vai germinar da terra e a justiça descerá do Céu”, falou-nos de árvores novas que temos de cultivar na nossa vida. As árvores da paz, da misericórdia, da justiça e da fidelidade. Do evangelho salientou o envio dos apóstolos dois a dois e enviou-os sem nada, mas pediu-lhes que confiassem nesse Pai (Abba) com ternura, afecto e solicitude. Pediu a todos que sejam capazes de abrir os braços aos irmãos tal como a padroeira Nossa Senhora da Piedade, abriu os abraços ao seu filho com a mesma ternura e amor. O pároco agradeceu ao sr. Bispo a sua presença e as orientações e os convites que nos fez. Ao fim da celebração houve um lanche convívio aberto a toda a população. Sentimos pena de que o Sr. Bispo tivesse tão rapidamente devido às suas tarefas. Para Meijinhos inicia-se uma nova caminhada na vivência da fé.

Padre Inocêncio Fernandes,  in Voz de Lamego, n.º 4321, ano 85/35, de 14 de julho de 2015

Bodas de Ouro Sacerdotais do Padre Inocêncio Dias Fernandes

 

Bodas de Ouro Sacerdotais do Padre Inocêncio Dias Fernandes

   ( Para lembrar e recordar  u Senhor padre Inocêncio)

 O dia 17 de novembro acordou chuvoso, pardacento e frio em contraste com os corações alegres e ansiosos, embora com alguma azáfama na preparação da homenagem que a paróquia de Meijinhos preparava para o nosso Pároco pelas suas bodas sacerdotais e paroquiais.

Meijinhos é uma paróquia pequena, composta por gente humilde, simples e envelhecida, mas congregada à volta do seu pároco e sempre ávida da sua amizade e do seu múnus sacerdotal. Foi assim uma homenagem espontânea, sentida e vivida por todos os habitantes desta pequena aldeia. Não foi preciso nomear uma comissão pois todos nos entreajudámos na limpeza da Igreja, na preparação dos cânticos para a Eucaristia e na organização do lanche convívio.

Às três horas da tarde, a comunidade de Meijinhos reuniu-se na Igreja Paroquial para a celebração da Santa Missa, presidida pelo nosso bispo, D. António Couto, e concelebrada pelo Sr. Vigário Geral, pelo nosso Pároco, pelos colegas jubilados - Cónego Bouça Pires e P. Alfredo Libório e vários colegas sacerdotes. Um elemento da nossa paróquia, em nome de todos os habitantes de Meijinhos, fez a saudação a todos os presentes e agradeceu ao Sr. P. Inocêncio todo o trabalho realizado ao longo destes 50 anos, nomeadamente a amizade, o restauro da Igreja Paroquial e a preocupação com os doentes e as crianças. Na homilia, o Sr. D. António partindo da mensagem do Evangelho, de que o templo de Jerusalém era construído com belas pedras, equiparou essa beleza à da nossa igreja paroquial, insistindo na ideia de que toda essa beleza irá desaparecer- “não ficará pedra sobre pedra”, mas que outra beleza- o amor de Deus- permanecerá para sempre. Dirigiu também uma palavra de agradecimento ao nosso pároco pelo seu trabalho, empenho e alegria manifestados no desempenho das suas tarefas sacerdotais.

No final da Eucaristia, o Sr. P. Inocêncio agradeceu a Deus o dom da vida e do ministério sacerdotal. Mostrou também a sua gratidão para com todas as pessoas, começando pelos seus pais e família, professores, perfeitos do Seminário, bispos e colegas sacerdotes que o ajudaram na sua formação, crescimento e vivência do seu ministério sacerdotal. Terminou, com muito carinho, agradecendo à comunidade de Meijinhos pela homenagem prestada.

Após a Eucaristia, todos os presentes foram convidados a partilhar o lanche e bons momentos de convívio no salão paroquial.

Ao P. Inocêncio, a paróquia de Meijinhos só sabe dizer BEM-HAJA e que Deus lhe dê saúde e alegria para continuar o trabalho de evangelização.

 

 

 

 

           P. Doutor Gonçalves da Costa 

(para lembrar quem foi este Senhor padre)

  

 

P. Doutor Manuel Gonçalves da Costa nasceu em Penude, concelho de Lamego, no dia 1 de Agosto de 1910. Foi ordenado sacerdote a 13 de Maio de 1942. Depois da ordenação sacerdotal, prosseguiu os seus estudos em Letras no Universidade de Dublin, na Irlanda.


Regressado à Diocese de Lamego, foi nomeado Pároco, em 1950, de Meijinhos e Melcões, no Arciprestado de Lamego. Mais tarde, seria também Pároco de Lalim.

Dedicou a maior parte da sua vida à pesquisa e à escrita de obras de carácter histórico, entre as quais se destaca a "História da Cidade e do Bispado de Lamego", monumento literário em 6 volumes. Em 1990, publicou também a obra "Seminários e Seminaristas de Lamego".

Faleceu e 17 de Abril de 1997, em Lamego, cidade onde residiu praticamente toda a sua vida.
.Manuel Gonçalves da Costa nasceu em Quintela, freguesia de Penude, no concelho e diocese de Lamego, no dia 1 de Agosto de 1910.
Iniciou os seus estudos no Seminário de Lamego de onde transitou para um colégio da Companhia de Jesus, em Espanha. Regressado a Portugal, licenciou-se no Instituto Filosófico de Braga, com um trabalho sobre filosofia chinesa.

É ordenado sacerdote em Roma, em 13 de Maio de 1942. Matriculado na Escola de Teologia da Universidade Gregoriana, a II Guerra Mundial obriga-o  a  ir para a Universidade Católica de Granada e, posteriormente, para a Universidade de Dublin, na Irlanda, onde se graduou em História, em 1945. De novo em Roma, especializou-se em Paleografia, dedicou-se à Arquivística na Cúria Geral dos Jesuítas e foi investigador dos Arquivos do Vaticano.

De volta a Portugal, lecciona nos Seminários de Lisboa, Évora e Lamego, em cuja Diocese se fixa, em 1950, tendo sido Pároco de Lalim. É-lhe cometida, pelo Bispo D. João da Silva C. Neves, a missão de escrever a História do Bispado e da Cidade de Lamego, obra que se desenvolve em oito volumes, seis dos quais já publicados. Foi, também, bolseiro da Fundação Gulbenkian para a pesquisa sobre o itinerário do Padre Jerónimo Lobo, explorador e missionário da Etiópia, trabalho apresentado na Universidade de Adis Adeba, em 1966, no âmbito de um Encontro sobre Estudos Etíopes.

A sua vasta obra de investigação histórica é o resultado do labor de um intelectual de envergadura excepcional. Foi admitido como membro da Academia Portuguesa de História em 1975 e agraciado com a Medalha de Ouro pela  Câmara Municipal de Lamego, em Outubro de 1980.
Faleceu em Abril de 1997 e está sepultado no Jazigo do Cabido, no Cemitério de Santa Cruz, em Lamego.


Principais obras publicadas:
Inácio de Azevedo, o homem e a sua época (1946); Itinerário e outros escritos inéditos do Pe. Jerónimo Lobo (1971); Lutas Liberais e Miguelistas em Lamego (1974); Inéditos de Filosofia em Portugal (1978); Fontes Inéditas Portuguesas para a História da Irlanda (1981); História do Bispado e Cidade de Lamego (1977); Jerónimo Lobo reveals Ethiopia to Europe (Adis Adeba, 1969); Seminário e Seminaristas de Lamego (1990).