Freguesia de Meijinhos, Pertence ao Conselho de Lamego e Distrito de Viseu, com 2,74 km² de área e cerca de 115 habitantes Densidade: 38,0 hab/km². Distaciada a cerca de dez quilómetros de Lamego.É uma aldeia muito antiga, e referenciada nas Inquirições de D. Afonso III em 1258 como reguengo. Em Fevereiro,grande Festa de convivio. Festa em Honra do S.Brás, onde se tem sempre boa musica e porco assado para todos.VISITE.
quarta-feira, 12 de setembro de 2012
História para 12.09.2012
O SONHO DO POMPOM
O gato sonha? Decerto que sim. Se muito dorme,
enrolado no fofo de si próprio, muito sonhará também.
A sonhar, percorre-o um arrepio que lhe eriça o pelo e os
bigodes. Funga. Despontam as unhas das almofadas das
patas, que estremecem. E por trás das pálpebras descidas,
os olhos rolam, intranquilos. Com que sonhará o gato
preferido da Dona Micas?
Devagarinho, entremos no sonho do Pompom. Com
licença, que não queremos incomodar.
Que balbúrdia! A guerra entre gatos vadios e gatos de
casa posta e cestinho com cobertor e miminhos doces
depois das refeições, a grande guerra dos gatos está no
auge.
Ainda algum vai cair do telhado. Que não seja
gato, ao sonho do qual nós acabámos de chegar.
Não é, não. Ele comanda as hostes dos gatos domésticos,
que estão a ganhar terreno. Das unhas como adagas, olhos
quais faróis, atira-se aos magricelas que não têm eira nem
beira. "Foge!", gritam os desgraçados, de orelhas a arder e
lombos a sangrar.
– Vitória! Vitória! – cantam os gordalhufos gatos de
colo, vendo debandar os inimigos.
Logo ali improvisam uma dança de roda que até a Lua se
debruça donde está pendurada e pede às nuvens que
passem mais depressa, pois não quer perder pitada da festa
dos gatos, no telhado da Dona Micas.
– Pompom – chama a Dona Micas, numa voz de
ternura.
– É a tua dona – lembram-lhe os outros
provavelmente com inveja.
O nosso Pompom interrompe o baile dos guerreiros e
infiltra-se por uma nesga da clarabóia.
– Pompom – volta a chamar a Dona Micas, cada vez
mais ternurenta.
"É petisco", imagina o gato, guloso até mais não.
E acorda. Está onde sempre está e esteve, no conforto do
sofá. A sério, a sério, o Pompom nunca pisou outro chão
senão o de tapetes e alcatifas. Saltar para o telhado? Só em
sonhos.
– Pompom, meu Pompomzinho – chama a Dona Micas,
da cozinha.
O gato gordo espreguiça-se para trás e para a frente,
deixa-se cair do sofá e lá vai, no seu andar reboludo e
enfadado, acudir ao chamamento da Dona Micas.
FIM
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