O primeiro milho é dos pardais”
Significado: Os mais fracos aproveitam as primeiras vantagens.
Origem:
 No tempo dos Romanos, era costume os agricultores oferecerem os 
primeiros frutos das suas colheitas às aves. Pensava-se na altura que 
eram as aves que levavam as oferendas aos deuses. O conhecimento desse 
hábito foi-se transmitindo de geração em geração, até que, no séc. XVI –
 século em que o milho chegou à Europa – a expressão evoluiu. O pardal 
era o símbolo de todas as aves e o milho abundava nas culturas 
portuguesas.
“Caiu o Carmo e a Trindade”
Significado: Desgraça; aparato; barulheira; surpresa; confusão.
Origem:
 O Terramoto de 1755 deixou muitas marcas físicas. Mas há marcas 
culturais que também persistem. Uma delas é esta expressão. Durante o 
terramoto, ouviu-se um enorme estrondo por toda a cidade de Lisboa. 
Quando os habitantes descobriram qual tinha sido a verdadeira causa de 
tal barulheira, logo disseram: “Caiu o Carmo e a Trindade”, isto é, 
desabaram os Conventos do Carmo e da Trindade.
“Levar água no bico”
Significado: Ter intenções ou propósitos ocultos.
Origem:
 Na linguagem dos marinheiros, “navegar com água no bico” significava 
remar contra a corrente, levando água do mar na proa, o que tornava o 
mar traiçoeiro. A expressão foi adaptada e tornou-se naquela que 
conhecemos hoje.
“Ir para o maneta”
Significado: Estragar-se; desaparecer; morrer.
Origem:
 Conta-se que, por alturas da invasão de Portugal, por parte dos 
franceses, um General, chamado Loison, tinha perdido um braço numa 
anterior batalha. Esse General era responsável pelas torturas aos presos
 e tinha, inclusivamente, causado várias mortes. Por ser tão terrível 
nas torturas que executava, surgiu um medo popular do General Loison, 
mas ninguém o tratava por esse nome. Para o povo, Loison era “o maneta”.
 E quando havia perigo de se ser capturado, ouvia-se logo o conselho: 
“Tem cuidado, que ainda vais para o maneta.” Duzentos anos depois, o 
General Loison ainda vive nesta expressão habitualmente utilizada.
“Resvés Campo de Ourique”
Significado: Por um triz; à justa.
Origem:
 No dia 1 de Novembro de 1755 – ironicamente, dia de Todos os Santos – 
uma das maiores tragédias de todos os tempos abateu-se sobre Portugal. 
Um terramoto de elevada magnitude, seguido de um tsunami, atingiu a 
cidade de Lisboa, matando milhares de pessoas. A força do tsunami foi de
 tal ordem que as águas entraram por Lisboa adentro e chegaram bem perto
 do Campo de Ourique. Foi resvés.
“Erro Crasso”
Significado: Erro grosseiro.
Origem: Na Roma Antiga, o poder dos Generais era tripartido. Chamava-se a isso um Triumvirato.
O
 primeiro Triumvirato de sempre era composto por Caio Júlio, Rompeu e 
Crasso. Foi dada uma simples missão a este último: atacar os Partos, um 
pequeno e, aparentemente, inofensivo povo. Crasso não se preocupou em 
treinar formações romanas e descurou qualquer tipo de estratégia. O 
resultado foi desastroso. O pequeno exército venceu facilmente e Crasso 
lamentou o seu erro. Mas o seu nome ainda vive.
“À grande e à francesa”
Significado: De forma luxuosa.
Origem:
 Jean Andoche Junot auxiliou Napoleão durante a primeira invasão de 
Portugal por parte dos franceses. Cá viveu durante alguns anos de forma 
extremamente luxuosa. A imaginação, a observação e a sabedoria populares
 encarregaram-se de criar esta expressão.
“Lágrimas de crocodilo”
Significado: Choro fingido; falsa tristeza.
Origem:
 O crocodilo, quando ingere um alimento, exerce uma forte pressão contra
 o céu da boca, comprimindo as suas glândulas lacrimais. Isto faz com 
que o animal chore enquanto come as suas vítimas.
“Mal e porcamente”
Significado: De modo imperfeito; muito mal.
Origem:
 A expressão inicial nem era esta. Mas nem toda a gente compreendia o 
que queria dizer “mal e parcamente”, ou seja, com poucos recursos. 
Portanto, este advérbio foi facilmente alterado para algo mais 
acessível.
“Fazer tijolo”
Significado: Morrer.
Origem:
 A destruição causada pelo Terramoto de 1755 foi tremenda. Hoje em dia, é
 praticamente inimaginável. E a falta de recursos para a reconstrução 
também.
Com o objectivo de utilizar a argila para fazer tijolos, de 
modo a reerguer as casas que caíram, os restos de antigos cemitérios 
árabes foram reutilizados. Mas, entre a argila, eram frequentemente 
encontradas ossadas. Daí que tivessem surgido frases como “daqui a uns 
tempos estou a fazer tijolo” entre os populares.
“Andar em fila indiana”
Significado: Andar em fila; uns atrás dos outros.
Origem:
 Os índios americanos andavam sempre em fila para, à medida que fossem 
avançando, irem apagando as pegadas dos que iam à frente. Quando os 
“caras pálidas” viram este comportamento, não hesitaram em começar a 
utilizar o termo “fila indiana”.
“Fazer tábua rasa”
Significado: Esquecer completamente um assunto.
Origem:
 Os empiristas romanos, seguidores do filósofo grego Aristóteles, diziam
 que a alma sem experiência era como uma tabula rasa. A tabula rasa era 
uma pequena tábua de cera que não tinha nada escrito ou desenhado. Mais 
tarde, o termo foi adaptado à vida urbana e transformado para o 
significado que hoje conhecemos.
“Ter ouvidos de tísico”
Significado: Ter uma óptima audição.
Origem:
 Muitos soldados que combateram na Segunda Guerra Mundial (1939-1945) 
sofreram uma doença chamada Tísica. Esta doença assemelhava-se muito ao 
que hoje conhecemos por tuberculose pulmonar. Quem sofre desta doença 
caracteriza-se por ter uma sensibilidade auditiva fora do normal.
Da próxima vez que disser que alguém tem ouvidos de tísico, tenha cuidado: podem ofender-se.
“Que maçada!”
Significado: Contratempo; chatice.
Origem:
 Nos tempos áureos das conquistas imperiais romanas, as tropas de Roma 
tinham uma zona para conquistar, perto do Mar Morto, chamada Massada. Os
 Zelotos, povo aí residente, trancou-se num templo, com esperança que os
 Romanos não os descobrissem. No entanto, o exército começou 
imediatamente a destruir o templo, enquanto o povo Zeloto desesperava 
por alguma solução. Para evitarem a humilhação da rendição, os Zelotos 
decidiram-se por um suicídio colectivo. Esta expressão tornou-se 
sinónimo da grande “chatice” pela qual teve de passar este pequeno povo.
“Queimar as pestanas”
Significado: Estudar muito
Origem:
 Aqueles que estudavam antes da existência da electricidade não tinham 
vida fácil. Estudavam à luz de velas ou lamparinas e, para que pudessem 
ler convenientemente, tinham de as colocar muito perto do texto, 
correndo sérios riscos de ficar com as pestanas queimadas.
“Calcanhar de Aquiles”
Significado: Ponto fraco.
Origem:
 Segundo a Mitologia Grega, Tétis, mãe de Aquiles, queria tornar o seu 
filho indestrutível. Para isso, mergulhou-o num lago mágico, segurando-o
 pelo calcanhar.
Anos mais tarde, durante a Guerra de Tróia, Aquiles 
foi atingido no único sítio que não tinha sido mergulhado nas águas 
mágicas. Descobriu-se assim o único ponto capaz de enfraquecer o temido 
guerreiro.
“Ficar a ver navios”
Significado: Decepção; não ter o que se deseja.
Origem:
 Em 1578, D. Sebastião perdeu a vida na batalha de Alcácer-Quibir, em 
Marrocos, mas muitos não quiseram acreditar em tal infortúnio. Por isso,
 era comum encontrarem-se “mirones” no Alto de Santa Catarina a olhar 
para os navios, à espera que o malogrado Rei regressasse. O povo logo 
começou a dizer mal daqueles que iam “ver navios” e a expressão 
implantou-se na sociedade.
"Não perceber patavina”
Significado: Não perceber nada; não compreender.
Origem:
 Frades provenientes de Pádua – patavinos - visitavam Portugal 
habitualmente, para se reunirem com os seus congéneres portugueses. No 
entanto, quando falavam com as pessoas que viam na rua, ninguém 
compreendia uma única palavra do que eles diziam.
“Assentar a carapuça”
Significado: Sentir-se ofendido ou identificado com alguma situação.
Origem:
 Por altura da Inquisição, durante a Idade Média, os judeus eram 
obrigados a usar um chapéu bicudo, para que pudessem ser distinguidos 
dos cristãos.
"OK”
Significado: Está tudo bem; não há problema.
Origem:
 Nos dias em que não havia baixas, durante a Guerra Civil Americana, os 
militares americanos chegavam alegremente às suas casernas e penduravam 
tabuletas à porta com as iniciais “O K”, que significava “0 killed” 
(zero mortos). A moda pegou e, hoje em dia, “OK” é das palavras mais 
ditas em todo o mundo.
“Obras de Santa Engrácia”
Significado: Interminável; sem fim.
Origem:
 Fundada em 1568, a Igreja de Santa Engrácia, na freguesia de São 
Vicente de Fora, em Lisboa, é a responsável por outra das mais famosas 
expressões populares portuguesas. Mais conhecida, desde 1916, como 
Panteão Nacional, a Igreja de Santa Engrácia ruiu em 1681 e começou a 
ser reconstruída, mas as obras duraram até meados do século xx. Portanto
 as “obras de Santa Engrácia” foram mesmo longas: duraram 350 anos.
Freguesia de Meijinhos, Pertence ao Conselho de Lamego e Distrito de Viseu, com 2,74 km² de área e cerca de 115 habitantes Densidade: 38,0 hab/km². Distaciada a cerca de dez quilómetros de Lamego.É uma aldeia muito antiga, e referenciada nas Inquirições de D. Afonso III em 1258 como reguengo. Em Fevereiro,grande Festa de convivio. Festa em Honra do S.Brás, onde se tem sempre boa musica e porco assado para todos.VISITE.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)

Sem comentários:
Enviar um comentário