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segunda-feira, 20 de junho de 2011

Lamego um Conselho a Visitar

Turismo » Lamego e o Douro

O Alto Douro Vinhateiro, classificado como Património Mundial da Humanidade, desde Dezembro de 2001, possui características singulares e ímpares nomeadamente as suas gentes, o clima, a cultura e o património. Uma região digna de uma beleza que alia o trabalho do Homem aos valores culturais, criando uma paisagem incomparável e reconhecida internacionalmente. O rio Douro que transportou no seu leito a alma e a sabedoria dos durienses, através de barcos rabelos que ao sabor da corrente embalavam a qualidade e o sabor dos vinhos por terras vinhateiras. Este rio proporcionou ao longo dos tempos uma visita magnífica pelas paisagens graciosas de um património de grande valor.

A Região Demarcada do Douro onde se produzem os tão afamados vinhos do “Porto” e “Douro” abrange uma área compreendida por vários municípios, incluindo o Concelho de Lamego. Cidade nobre possuidora de casas solarengas, de igrejas e capelas de valor singular de um imponente castelo, onde a arquitectura dos monumentos e as ruas seculares contam histórias dignas de um povo batalhador.

Lamego foi uma das primeiras cidades do Douro a ser sede de bispado, adquirindo um lugar privilegiado na História de Portugal devido ao seu imponente património artístico e beleza peculiares. Classificada por muitos como a cidade - luz, onde os sumptuosos jardins, as avenidas e colinas circundantes convidam ao lazer propiciando um contacto distinto com a natureza, o artesanato e gastronomia local. Aqui, onde o sabor e a tradição constituem um motivo de orgulho e um símbolo de conquista e memórias que a dinâmica do tempo tem permitido deliciar e vivenciar num reencontro de culturas.

A viagem pelo passado permite redescobrir uma cidade riquíssima, onde cada lugar aos olhos de quem a visita testemunha a sua longa História.

Turismo » Festas dos Remédios

No local onde se encontra o Santuário da Nossa Senhora dos Remédios, o monte de Santo Estêvão, existiu outrora uma capela em honra deste Santo, construída em 1361. Tratava-se de um templo pequeno e modesto, mandado edificar pelo bispo da diocese, D. Durão.

Em 1551, foi nomeado bispo de Lamego D. Manuel de Noronha que, para além de muitas obras existentes na cidade de Lamego, mandou erigir, no ano de 1568, a primeira capela em honra da Nossa Senhora dos Remédios, exactamente no monte de Santo Estêvão, e que hoje é designado por Pátio dos Reis.

Mais tarde, em 1750, a Irmandade de Nossa Senhora dos Remédios, na época liderada pelo Cónego José Pinto Teixeira, devido à degradação da capela seiscentista, mandou-a demolir e construir um magnificente Santuário dotado de um amplo e harmonioso espaço para atrair mais peregrinos e capaz de acolher mais crentes ligando-o à cidade. Esta obra foi concluída em 1761. Neste mesmo ano, iniciaram-se no novo espaço, os ofícios religiosos, mas somente em 1778 é que este Santuário foi inaugurado. Na época, o grandioso dia, dedicado à Padroeira Nossa Senhora dos Remédios, era assinalado a 5 de Setembro.

As festas foram crescendo ao longo dos tempos até se tornarem uma das mais grandiosas do país, na qual os rituais religiosos e profanos se misturam numa harmonia perfeita. É oferecido um programa diversificado englobando exposições, concertos, desfiles, procissões, feiras, eventos culturais e desportivos de forma a atrair muitos veraneantes e foliões. Assim, durante estes dias de diversão é possível admirar a Marcha Luminosa, no dia 6 de Setembro à noite, e a Batalha das Flores, no dia seguinte à tarde, que percorrem as principais ruas da cidade engalanadas de alegria e cor.

A Romaria de Lamego, dedicada a Nossa Senhora dos Remédios, é uma das maiores de Portugal, sendo o momento mais alto desta celebração a grandiosa Procissão do Triunfo, realizada a 8 de Setembro, na qual os andores ostentam imagens sagradas puxadas por juntas de bois, como manda a tradição. Nesta altura, as ruas ficam ricamente ornamentadas, ganhando uma nova dinâmica, onde a componente religiosa adquire toda a sua plenitude.
As festas culminam com uma fenomenal sessão de fogo pelos quatro cantos da cidade.

A Semana Santa é o momento alto da vida religiosa da cidade. Durante três semanas que antecedem o Domingo de Páscoa, as igrejas adquirem uma solenidade especial e as populações estão em tempo de reflexão e de oração. A Via-Sacra, a Benção das Flores e o Ritual do Pão Quente são alguns dos grandes momentos destas duas semanas.

A Feira de Santa Cruz é uma das mais animadas de Lamego. Tem lugar no dia 3 de Maio junto ao Quartel de Santa Cruz. A Feira é marcada pelas corridas e desfiles de cavalos, mas é também uma mostra de raças de gado da região. Os lamecenses fazem deste evento uma festa onde a competição saudável, o convívio e a alegria são palavras de ordem.

A Expodouro é uma das feiras mais representativas do Norte, que promove e divulga as potencialidades da região. O destaque vai para o pavilhão dos vinhos, mas o artesanato, o turismo e a gastronomia também são representados no seu melhor.

Carnaval de Lazarim - Em Lazarim comemora-se um dos mais típicos carnavais do país. Para além do desfile das tradicionais máscaras de Lazarim, criadas por artesãos locais, um dos momentos altos destes dias é a leitura dos testamentos dos compadres e das comadres. Aqui tudo continua a ser realizado como manda a tradição e é por isso que este Carnaval vale a pena.



Tradição mais que centenária, a
Queima do Judas, em Lalim, atinge em cada ano uma expressão única, situando-se entre as mais significativas do calendário pascal. Trata-se de uma evocação do passado, de uma vivência do presente e de uma construção do presente e de uma construção do futuro, pois nela se confere voz às raízes e à memória viva do dia-a-dia do seu colectivo social e cultural.

Artesanato

Lamego, cidade de uma cultura muito peculiar, tem demonstrado o seu património além fronteiras, através da mestria de artesãos naturais deste concelho que têm preservado ao longo dos séculos a identidade lamecense e atraído inúmeros curiosos, visitantes e turistas.

O amor à arte é evidente na elaboração dos artefactos, que preparados com o engenho e minúcia dos artistas, criam obras tradicionais em áreas muito distintas como cestaria, tanoaria, olaria, marcenaria, cantaria, funilaria, tecelagem, máscaras em madeira de amieiro, passando pelo ferro forjado, que constituem autênticos tesouros lamecenses.
As albardas, cabeçadas, correias e outros utensílios para animais, são também elementos representativos do nosso artesanato.

A cestaria é uma das artes mais típicas de Lamego e está associada aos métodos tradicionais de fazer a Vindima. Durante séculos, os cestos em madeira de castanho foram usados para transportar as uvas para as camionetas, que as levariam para os lagares e onde os típicos chapéus de palha usados de sol a sol na lavoura do dia-a-dia, permitem reviver memórias que se vão perdendo no tempo.

Associada ao vinho está a tanoaria, as pipas e tonéis em madeira de carvalho continuam a ser elementos associados à cultura e aos hábitos locais, que compõem a qualidade do vinho e o tornam singular. Hoje, constituem um dos mais simbólicos aspectos do artesanato e é por amor à tradição que muitos mestres resistem às novidades do progresso e continuam a fabricá-los manualmente, como nos velhos tempos.

Na freguesia de Lazarim, as máscaras de Carnaval esculpidas em madeira de amieiro são um dos ex-líbris, uma verdadeira obra de arte, e constituem motivo de orgulho da população lamecense. A festa do Entrudo está entre as mais emblemáticas da região e movimenta milhares de pessoas vindas de todas as zonas do país e até mesmo do mundo.




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