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sexta-feira, 17 de junho de 2011

Património » Tesouros Artísticos

Lamego - Cidade de Arte e Cultura

Ao longo dos séculos, mestres canteiros, ferreiros, pintores, escultores, entalhadores, marceneiros, ourives e tecelões deixaram nesta cidade – para êxtase dos seus visitantes e orgulho dos lamecenses – autênticos tesouros artísticos, dos quais aqui se retractam os mais belos exemplos.

PINTURA

Vasco Fernandes (Grão Vasco)

Do núcleo de pintura do Museu de Lamego, merece especial referência o Políptico da Sé de Lamego que fazia parte do retábulo encomendado a Vasco Fernandes – O Grão Vasco – em 1505, pelo bispo de Lamego, D. João de Madureira.

Permaneceu armado na capela-mor até à segunda metade do século XVIII, altura em que tiveram as tábuas de ser desligadas por ocasião das obras ali realizadas, perdendo-se a maior parte. Dos vinte painéis primitivos apenas restam cinco: Criação dos Animais, Anunciação, Visitação, Apresentação no Templo e Circuncisão.
Estas pinturas encontram-se entre as melhores produzidas por Vasco Fernandes.


Mestres de Ferreirim

Na igreja de Santo António de Ferreirim, distribuídos pela nave, estão à contemplação oito painéis da primeira metade do século XVI. As pinturas são obra de Cristóvão de Figueiredo, Garcia Fernandes e Gregório Lopes, conhecidos por “Mestres de Ferreirim”. Representam a Morte da Virgem, Anunciação, Presépio, Cristo deposto da Cruz, Ressurreição, Coroação da Virgem, Caminho para o Calvário e Calvário.


Frescos de Nasoni

Quando pelo ano de 1737 se concluíam as obras do interior da Sé, foi chamado a Lamego o mestre italiano Nicolau Nasoni para pintar as abóbadas. As esplendorosas pinturas recordam cenas do Velho Testamento.


Frescos da Igreja de Meijinhos

As pinturas murais da Igreja de Meijinhos foram descobertas muito recentemente e datam do século XVI. Recuperadas pelo Instituto José de Figueiredo, são hoje uma atracção de Meijinhos.

GRANÍTICOS

Mestres pedreiros e arquitectos de renome deixaram-nos prodigiosos tesouros magnificamente esculpidos no duro granito da região, de que são testemunho as deslumbrantes fachadas de alguns dos nossos templos, os finíssimos ornamentos de alguns cruzeiros, magníficas pedras de armas ou ricas janelas rasgadas nas frontarias de alguns solares.


Pórticos da Sé

Os três pórticos da Catedral de Lamego, de arquivoltas múltiplas, são obra dos finais do gótico flamejante. A mestria do cinzel modelou no granito motivos florais e vegetais que se entrelaçam com espécies da fauna, num movimento de desconcertante irreverência. (ver Sé Catedral)



Santuário dos Remédios

O frontispício do Santuário é a parte mais admirável de todo o edifício, fascinando todos os que se quedam a admirar o fulgor e génio criativo ali patente. Todos os adornos, tão elegantemente refinados no granito, são admiráveis. (ver Santuário dos Remédios)


Largo dos Reis (Escadaria do Santuário dos Remédios)

Obra arquitectónica admirável, ao centro da qual se encontra a Fonte dos Gigantes donde se eleva um esplêndido obelisco, com cerca de 15 metros de altura. A entrada lateral para este pátio faz-se através de dois notáveis pórticos. (ver Santuário dos Remédios)

Cruz Monolítica

A cruz monolítica, erguida mesmo em frente ao Santuário, no patim do último degrau da escadaria, é uma magnífica obra que se impõe e domina pela delicadeza das suas linhas e da sua traça escultural (ver Cruzeiros).


Igreja de Balsemão

É o templo mais antigo de todos os monumentos de Lamego. De raro valor histórico e arqueológico, a igreja de S. Pedro de Balsemão conserva grande parte da sua traça original e a grandiosidade do seu interior preserva o ambiente misterioso de épocas distantes. (ver Igrejas e Conventos)

Cruzeiro do Senhor do Bom Despacho (Cruzeiro Gótico)

O Cruzeiro do Senhor do Bom Despacho (Séc. XV), que se pode observar no Museu de Lamego, é um belo trabalho classificado como IIP - Imóvel de Interesse Público.

Trata-se de um trabalho de invulgar beleza e graciosidade, constituído por base, coluna, capitel e cruz. A base é inteiramente lavrada. A coluna tem fuste cilíndrico e liso, ornado a meio por peça quadrada, com faces decoradas por motivos geométricos. O capitel exibe, numa das faces, uma imagem da Virgem Maria, com vestígios de ter o Menino ao colo, e na outra face o Cristo Crucificado.

Cruzeiro do Bom Jesus dos Terramotos e Perseguidos

O Cruzeiro do Bom Jesus dos Terramotos e Perseguidos foi mandado executar por João Pinheiro Salgado em 1757. Um decreto de 1967 classifica este cruzeiro de “imóvel de interesse público” (ver Cruzeiros).

JANELAS ADMIRÁVEIS

Janelas da Casa do Poço

Na estreita Rua dos Loureiros e não longe da Sé Catedral, existem duas preciosas janelas pertencentes à Casa do Poço (ver Casas Brasonadas). São dois belos exemplares que ostentam elementos manuelinos (colunas e arcos), sendo o balcão ou facial da traça primitiva (séc. XII-XIII).

Janela do Solar Visconde de Arneirós

A casa brasonada que pertenceu ao Visconde de Arneirós, situada ao fundo da rua da Pereira, possui uma interessante janela que vale a pena observar. (ver Casas Brasonadas)

Janela Românica da Sé Catedral

Quem observa a torre românica da Sé pode contemplar três janelas românicas, muito bem conservadas, com arquivoltas de aresta viva ou de toros e capitéis lavrados. Especialmente primorosa é a que se abre na face voltada para nascente. (ver Sé Catedral)

ESCULTURA

Escultura da Senhora do Ó

As esculturas existentes no museu de Lamego, bem como a que se encontra no interior da igreja de Balsemão, são belas esculturas em pedra de Ançã do século XIV.

Escultura da Senhora da Esperança

Na capela de Nossa Senhora da Esperança também existe uma preciosa escultura de Nossa Senhora da Esperança, em pedra de Ançâ (séc. XVI).

Escultura do Espírito Santo

Na capela do Espírito Santo podemos observar uma notável escultura do Espírito Santo, do século XVIII, de autor desconhecido. Uma singular preciosidade a merecer uma visita atenta.

TALHA

Executadas no século XVIII, por mestres entalhadores lamecenses, estas notáveis obras de talha são a expressão do que melhor existe no país. A exuberância do barroco nacional está aqui bem patente, como testemunho do génio criativo que os seus artistas esculpiram na madeira.

Talha da Igreja do Desterro

O interior da igreja é revestido de esplêndida obra de talha do séc. XVIII, obra dos entalhadores lamecenses Manuel Martins, Manuel Gouveia e Manuel Machado. Tudo ali está copiosamente enriquecido de talha dourada. (ver Igrejas e Conventos)

Capela de Santo António (Claustros da Sé)

A capela de Santo António (Claustros da Sé) possui um aparatoso altar de magnífica talha dourada do séc. XVIII, exibindo magníficos baixos-relevos representando milagres da vida de Santo António. (ver Sé Catedral)

Capela de S. Nicolau (Claustros da Sé)

Aqui também se pode admirar uma preciosa talha dourada de influência renascentista do primeiro terço do séc. XVIII que empresta à capela ostentação e riqueza. (ver Sé Catedral)


Retábulos de S. João Baptista e de S. João Evangelista (Igreja das Chagas)

Na Igreja das Chagas existem dois altares de belíssima talha dourada (séc. XVII).
São notáveis obras de arte que podem ser colocadas entre as melhores do género existentes no nosso país. O retábulo de S. João Evangelista é considerado o mais notável de todos os existentes nos templos de Lamego.
O Altar de S. João Baptista que lhe está próximo é um belo exemplar do barroco português da segunda metade do séc. XVII.
(ver Igrejas e Conventos)

TAPEÇARIAS FLAMENGAS

As tapeçarias Flamengas do Museu de Lamego constituem o núcleo mais importante dos panos de armar dos museus portugueses (Flórido, 1974). São magníficos exemplares do fabrico de Bruxelas do primeiro terço do século XVI. Em número de seis, foram adquiridos entre 1525 e 1535 para decorarem o paço episcopal. Representam: A Música, O Templo de Latona, Laio consulta o oráculo, Édipo em Tebas e Édipo e a rainha Jocasta.

OURIVESARIA

No Museu de Lamego encontram-se belas peças de ourivesaria, em prata e prata dourada e que foram utilizadas em usos litúrgicos, na sua maior parte oriundas do extinto Convento das Chagas, embora se encontrem outras de uso mundano.

Entre as primeiras peças realce para um cálice em prata dourada fundida, dos princípios do séc. XVII, atribuído a Simão Ferreira, ourives de Coimbra, para além de âmbulas, bacias, uma cruz processional gótica, salvas, naveta, turíbulo, caldeirinha e outras, tudo em prata cinzelada.

Também em prata dourada, uma referência especial para um belo sacrário do Santuário de Nossa Senhora dos Remédios, executado pelo artista portuense Comendador Filipe José Bandeira. Todo trabalhado em estilo Império, guarnecem o conjunto quatro belas colunas, destacando-se entre elas um altar ladeado por dois anjos em adoração (Marrana, 1957).

Azulejaria

Os magníficos painéis de azulejos de escola portuguesa do século XVII, provenientes do Palácio de Valmor em Lisboa, oferecidos ao Museu de Lamego pela proprietária D. Ema Guedes Teixeira Vieira de Magalhães, ganharam o epíteto de verdadeiro “tesouro nacional”.

O conjunto formado por seis painéis revela-nos surpreendentes cenas de caça, de pastorícia e da vida selvagem, no meio de uma policromia de cores de rara beleza onde abundam aves exóticas envolvidas por folhas, flores e frutos.

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