As informações seguintes relacionam-se com crianças e segurança rodoviárias. Contudo, devem ser alargadas a todos os aspectos da segurança infantil.
A criança não é um adulto em miniatura: não tem os mesmos reflexos, não compreende os perigos nem se comporta como um adulto responsável.
· Ver o trânsito é indispensável. Mas ser bem visto, e de longe, é igualmente importante. Se não mais!
· A criança não prevê a situação de perigo de um veículo poder surgir a qualquer momento e de qualquer lugar!
· A criança ouve todos os ruídos, mas só atribui significado àqueles cuja proveniência consegue identificar.
· A compreensão da relação causa / efeito desenvolve-se na criança a partir da repetição sucessiva de experiências reais!
· Ultrapassar os veículos pela direita, ainda que circulem a baixa velocidade, é perigoso, devido ao ângulo de viragem do veículo!
· As recomendações dos pais sobre os perigos e os cuidados a ter são facilmente esquecidos por impulsos mais fortes.
· Os maus exemplos dos pais, que não param, não olham a estrada, nem atravessam em segurança, são seguidos pelas crianças.
· Devido à sua pequena estatura e aos veículos estacionados que dificultam a sua visão, as crianças não são vistas pelos condutores.
· Atrás de uma bola vem sempre uma criança...que não dá atenção a mais nada, como se tivesse "palas" nos olhos!
· A criança é frequentemente vítima das suas inquietudes, imaginação e do seu campo de visão mais estreito.
· Espontaneamente, uma criança avalia mal os tempos, as distâncias e as velocidades dos veículos.
· A criança só escuta os ruídos que lhe interessam e só reage a um de cada vez. E uma viatura "silenciosa" é como se não existisse.
· A criança, surpreendida pelo ruído de um carro, corre assustada para qualquer lado, sem o sentido do perigo.
· Os walkmans isolam acusticamente a criança dos ruídos e das realidades da circulação.
· A criança não sabe a sequência lógica dos acontecimentos na base da relação causa-efeito: sinal luminoso => mudança de direcção.
· A criança brinca em qualquer lado, concentrada no que faz e sem percepção dos perigos que a rodeiam.
· A criança não toma em consideração a distância que um carro ainda percorre até se imobilizar.
· A criança sente-se segura numa passadeira e ignora que uma passagem protegida não elimina o perigo de um condutor a desrespeitar.
· A criança não sabe reagir a vários estímulos em simultâneo. Muitas vezes perde-se em pensamentos e deixa de estar atenta ao trânsito.
· A criança é dominada por impulsos irresistíveis que a fazem esquecer os comportamentos que deve ter na estrada.
· Certas situações, como uma brincadeira com os amigos, inspiram na criança uma sensação de segurança errada.
· A saída da escola, na agitação da companhia dos colegas, fazem esquecer à criança as exigências do trânsito a todo o momento.
· Os ambientes familiares, como a zona perto de casa, dão à criança a confiança de que já não existem perigos no trânsito.
· O stress provocado por chegar a casa às horas que os pais estipularam leva, por vezes, a criança a forçar a passagem e colocar-se em perigo.
· A criança acredita que basta seguir as regras que lhe ensinaram e já não necessita de ter a certeza de verificar se há perigos na rua.
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