Mensagem de Meijinhos

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quinta-feira, 8 de março de 2012

08.03.2012-PORQUE HOJE É DIA DA MÃE...




Hoje é aquele dia em que não controlo o ímpeto e revisito lembranças guardadas na arca da minha memória.
É o dia em que a saudade aviva e aflora, trazendo lembranças duma mãe que tão bem soube amar as suas três filhas.
Sorrio. Porque sempre que a recordo vejo-lhe o sorriso rasgado e carregado de ternura, acompanhado de um olhar denunciante do orgulho que tinha por nós.
Mas hoje, também é o dia de vestir a pele de mãe e deixar-me embalar ao sabor duma brisa leve e fresca que me chega através do abraço da minha filhota, que – apesar do cansaço – volta ao seu ninho com um sorriso aberto e um olhar onde se lê a ansiedade de quem espera ver a minha alegria ao desfazer a minha prenda, escolhida cuidadosamente. Esse mimo vem carregado de simbologia mas reflete - acima de tudo - a cumplicidade existente entre duas mulheres, que para além de serem mãe e filha souberam desenvolver laços de amizade.
Hoje - à semelhança da minha mãe - sou eu que olho com enlevo, a dádiva mais bonita que Deus me deu e o orgulho que por ela sinto não se prende apenas pelo facto de a olhar como filha, mas por constatar o ser humano sensível, responsável em que se tornou e tão ciente do seu lugar numa sociedade cada vez mais complexa e agressiva.
Hoje é o dia em que me resta pedir à minha outra Mãe, a do céu, que guarde estes meus dois amores no Seu grandioso coração. E se para uma lhe peço um cantinho de luz bem perto Dela, para a outra peço que a 
proteja e a guarde de todo e qualquer malefício, debaixo do seu manto protector.
Feliz dia da mãe!

CORAÇÃO DE MÃE



Por vezes perco a fortaleza.
Desarmo da destreza que me caracteriza.
Sigo de olhar apagado
esboço um sorriso forçado
e a minha passada é imprecisa...
Gosto de me achar heroína.
De me convencer, que a vida
de tudo me vacina.
Ser arrojada, mulher/mãe, ser forte.
Apregoar-me calejada às maresias
e aos ventos que sopram do norte.
Mas perante a saudade
meu coração de mãe
perde a valentia.
E até a minha alma
outrora alegre,
fica sem vida, triste e sombria.
Perece, ao vaivém persistente
deste sentimento indesejado
 que sem regras se alastra,
percorrendo impiedosamente
um coração que se desgasta
mas permanece calado...

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