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terça-feira, 1 de novembro de 2011

01.11.2011-Dia de todos os Santos




1 de Novembro: Feriado religioso em que se pedem os "bolinhos"


A 1 de Novembro comemora-se o dia de "Todos os Santos". Em Portugal, nas grandes cidadese nas Aldeias,e isso também se passa em Meijinhos, as pessoas vão ao cemitério arranjar as sepulturas dos seus entes queridos que já faleceram, com flores, que por tradição nesta altura do ano são crisântemos, já que no dia seguinte se comemora o "Dia dos Fiéis Defuntos". Porém na maioria das aldeias portuguesas, o dia de Todos os Santos é sinónimo de "bolos dos Santos" , "castanhas e água pé". Apesar de as tradições populares em Portugal tenderem a sofrer transformações, os leitores lembram-se, certamente, de neste dia logo pela manhã irem em grupos de crianças, de porta em porta, pedir os "santinhos" ou os "bolinhos" pela alma das pessoas que já partiram...

A festa do dia de Todos-os-Santos é celebrada em honra de todos os santos e mártires, conhecidos ou não. A Igreja Católica celebra este dia Santo a 1 de Novembro, seguido do dia dos fiéis defuntos a 2 de Novembro.
O dia de Todos-os-Santos foi instituído com o objectivo de suprir quaisquer faltas dos fiéis em recordar os santos nas celebrações das festas ao longo do ano. Esta tradição de recordar (fazer memória) os santos está na origem da composição do calendário litúrgico, em que constavam inicialmente as datas de aniversário da morte dos cristãos martirizados como testemunho pela sua fé, realizando-se nelas orações, missas e vigílias, habitualmente no mesmo local ou nas imediações de onde foram mortos, como acontecia em redor do Coliseu de Roma. Posteriormente tornou-se habitual erigirem-se igrejas e basílicas dedicadas em sua memória nesses mesmos locais.
O dia de "Todos os Santos" para todos os que nasceram fora de grandes cidades, leva-nos à memória, as crianças com uma "sacola" de pano, em grupos, indo de casa em casa nas aldeias, pedindo às pessoas, e elas a darem o que querem ou podem, como por exemplo: dinheiro, maçãs, romãs, castanhas, rebuçados, nozes, bolos, chocolates etc.
Antigamente todas as crianças dos meios rurais iam pedir os "santinhos". Normalmente as pessoas punham as mesas com o que tinham em casa (comida e bebida) e quando chegavam as crianças eles entravam e comiam à vontade e à saída ainda lhes davam alguma coisa. Hoje já só se pedem os "santinhos" ou os "bolinhos" para não se perder a tradição. É costume neste dia, nos meios rurais as pessoas confeccionarem broas de milho e outros bolos caseiros para comerem e darem.

Na Minha Aldeia (Meijinhos) ao fim de se fazer a visita ao cemitério,onde vêm de Lisboa,Porto etc, têm se por tradição fazer-se um grande magusto.
Juntam-se as pessoas, aquece-se o forno a lenha ou até numa fogueira,e vai se tratar de assar uns quilos de castanhas, que são oferecidas por todos e onde se partilha também a pinga boa de cada um.

A tarde desse dia de Todos os Santos é essencialmente dedicada aos magustos, embora algumas pessoas de meia idade, a empreguem a enfeitar as sepulturas dos seus defuntos.

Consistem os magustos em assar castanhas em fogueiras de caruma, no campo, ao ar livre.
Fazem parte do magusto algumas partidas tradicionais, consistindo uma delas em mandar «molhar o vassouro» a um dos circunstantes mais ingénuos que desconheça ainda as «leis» dos magustos. Esta ordem é dada quando as castanhas estão quase assadas e sob pretexto de, com ele, se apagar a fogueira.
Tal brincadeira tem por fim entreter a vítima deste engano, de modo que os outros comam as castanhas todas e bebam a jeropiga enquanto ela vai à procura de água, a não ser que alguém a previna a tempo.
Outra partida, indispensável no magusto, é a de se enfarruscarem todos uns aos outros, procurando que não escape ninguém. Para isso, enquanto se vão descascando as castanhas, enegrecem-se as mãos, quando se puder, esfregando-as mesmo no borralho.
Há, por vezes, correrias loucas para apanhar algum mais «esquisito» que não queira sujeitar-se a este costume.
É assim que se divertem enquanto comem as gostosas e quentes castanhas, ainda a estalar, e vão bebendo a deliciosa jeropiga, obrigatória em todos os magustos da região.


Tenho pena de não estar lá para ajudar a comer e a beber hehehehe.
Espero que não se deixe acabar todas essas tradições.
Grandes magustos se faziam, no meu tempo de juventude, e ainda se fazem mas em menos quantidade,e espero que um dia se voltem a fazer esses grande magustos em união e familia e com os amigos e visinhos.
Vamos a isso
um abraço
João

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