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sábado, 5 de novembro de 2011

Notícias da Autarquia de Lamego,o5.11.2011

Notícias da Autarquia
Fragmentária de um Poeta Bendito de Macário R. de Almeida apresentado em Lamego3 Nov. 11

A Câmara Municipal de Lamego continua a apoiar ativamente todas as manifestações culturais existentes no concelho, através, por exemplo, da promoção de um vasto conjunto de ações de divulgação de obras de autoria de personalidades locais e regionais e de livros que se debruçam sobre a realidade sócio-cultural da nossa região.

Neste sentido, o Salão Nobre dos Paços do Concelho foi, na noite de 28 de outubro último, o palco escolhido para a apresentação pública do livro Fragmentária de um Poeta Bendito, da autoria de Macário Ribeiro de Almeida.

Ao longo de quase duas horas, a literatura deu também lugar à música e à dramatização, com a participação solidária de um grande leque de amigos do autor que deste modo quiseram homenagear o talento e o virtuosismo do “melhor poeta” da região. O formalismo normalmente associado a este género de iniciativas deu lugar a um ambiente familiar e acolhedor ao longo do qual foram desfiadas as memórias de Ribeiro de Almeida, desde 1947, ano do seu nascimento em Granja Nova, concelho de Tarouca.

As intervenções de Marina Valle, vereadora da autarquia, Fernando Marado, autor do posfácio da obra ali apresentada, César Carvalho e Maria Manuela Vaquero, amigos do escritor, foram enriquecidas com a declamação dos poemas A Minha Liberdade e Bálsamo, respetivamente por Teresa de Almeida e António Martins, a apresentação de um breve momento musical pelo músico Zé-Tó Teixeira que interpretou dois temas compostos por si e letra de Macário R. de Almeida - Avenida e Olhos de Veludo – e a dramatização e música do poema Ao Pai … pelo ator Ricardo Guedes.

A assistência numerosa que esqueceu o frio que se fez sentir e se deslocou aos Paços do Concelho naquela noite devolveu com muitos aplausos a dedicação e a arte dos participantes. “Macário R. de Almeida, o Homem, o Professor, o Poeta com uma profunda ansiedade e um turbilhão de sentimentos íntimos e telúricos que constituem a fonte criadora da sua extraordinária, sentida e vivida Poesia”, sintetiza Marina Valle. Na introdução ao livro Fragmentária de um Poeta Bendito, o autor anuncia: “O Poeta do Bendito tem como objecto o todo e o tudo de que os mundos são feitos e contêm: o exterior (a natureza) e o interior (o coração do homem) e como objectivo a construção de uma humanidade mais ilimitada, espiritualizada e distanciada da carne.”

Macário Ribeiro de Almeida é o quarto dos dez filhos de um casal de professores primários, tendo desenvolvido desde muito cedo o gosto pela leitura entre papéis, letras e livros. Cursou o magistério primário na cidade da Guarda e exerceu as funções de docente em vários pontos do país e em França, fazendo-se acompanhar pelos autores com quem mais se identificava. Finalmente, radica-se em Granja Nova e, “tão emotivo como observador, depressa mergulha a fundo no fascínio da poesia, adotando uma postura de aparente indiferença pelo mundo que o rodeia. Porém, nada mais ilusório”. Em 1993, publica o livro Fragmentária dum Poeta Maldito e depois é coautor, na companhia de vários autores citadinos e regionais, de vários projetos: Lamego da História à Ficção; Lamego no Virar do Milénio; Ardinia e Tedo – Lenda em Jogo de Formas, Amor Razão Maior, entre outros. Em 2003, da parceria com Natércia Dinis, publica A Flor e o Cosmos, e em 2006 com Fernando Branco Marado apresenta Lendas e Crónicas/ Crónicas e Lendas. No ano passado, publicou O Casal Almeida-Professores Primários, uma justa e sentida homenagem a seus pais. A juntar a isto, tem sido presença assídua nos jornais locais, deixando patente naquilo que escreve “o encontro e o desencontro, o encanto e o desencanto, consigo e com o mundo, no qual Lamego desde há muito é a sua cidade de eleição”.


Formação sobre Acordo Ortográfico regista grande adesão em Lamego

A ação de formação sobre o novo Acordo Ortográfico que a Biblioteca Municipal de Lamego promoveu entre os dias 26 e 28 de outubro excedeu as melhores expetativas da organização tendo despertado o interesse de um elevado número de pessoas e gerado entre os participantes um debate intenso sobre os eventuais benefícios que a nova ortografia pode trazer à comunidade de língua portuguesa. O limite inicial de participantes foi superado e algumas inscrições não puderam mesmo ser aceites, pelo que aquela instituição vai organizar uma nova ação de formação, em moldes idênticos, durante o mês de novembro.

O principal objetivo desta iniciativa de seis horas letivas foi levar os formandos a aprenderem as modificações e alterações introduzidas pelo Acordo estabelecido em 1990 entre Portugal, Brasil e demais países lusófonos. Nem todas fáceis de interiorizar, as mudanças recaem, sobretudo, nas consoantes mudas, na acentuação gráfica, na hifenização e no uso de maiúsculas e minúsculas. No alfabeto entram também três novas letras. No final, a opinião foi unânime: as novas regras que ditam a supressão do hífen em muitas palavras, mas que também contam com inúmeras exceções, são as mais difíceis de compreender e assimilar.

O formador deste curso de curta duração foi António Martins que atualmente leciona na Escola Básica 2,3/S de Tarouca como professor do 2º Ciclo do Ensino Básico, Variante de Português e Inglês. É também detentor de um mestrado em Ensino da Língua e da Literatura Portuguesas, concluído na Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro. Na área da formação específica sobre o novo Acordo Ortográfico possui um curso ministrado pela Fundação Oriente/ Academia de Ciências de Lisboa.

Após a realização desta ação de formação na Biblioteca de Lamego, que teve um carácter pioneiro na região, Martins foi convidado por outras instituições públicas para ministrar iniciativas dedicadas à mesma temática.

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