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sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Notícias da Autarquia de Lamego,25.11.2011

Douro receia efeitos da nova reforma do poder local22 Nov. 11

As intervenções dos autarcas durante as II Conferências do Douro Sul decorreram sob o mesmo tom pessimista que domina neste momento o debate público no país. Reunidos em Lamego, a 18 de novembro, presidentes de câmara e de juntas de freguesia lamentaram os problemas de governança local, nomeadamente a falta de “espessura institucional e massa crítica”, e a ausência de uma visão estratégica que desenvolva a região e que está a sufocar a economia local e a acelerar a desertificação do território. “O Douro está a um passo do abismo. Como todos os seres desequilibrados, sabemos que tem sempre a vertigem de dar mais um passo em frente”, alerta Francisco Lopes, Presidente da autarquia de Lamego.

A proposta apresentada pelo Governo de reforma administrativa do poder local, neste momento em discussão pública, acentua os receios de agravamento da debilitada situação social e económica vivida no Douro Sul. Um quadro negro exposto ao secretário de Estado da Administração Local, Paulo Júlio, que ouviu as implicações que esta reforma poderá provocar, sobretudo a extinção das freguesias mais pequenas e a redução das transferências financeiras para as autarquias. Na resposta, o governante assegurou que o “Livro Verde” não é uma lei: “É um documento aberto. Abrimos um debate nacional sobre a administração local”. Paulo Júlio acredita que é necessário mudar o paradigma da gestão territorial por parte das autarquias. Uma visão que não sossegou muitos autarcas que marcaram presença entre as cerca de 550 pessoas inscritas que lotaram o Teatro Ribeiro Conceição para assistirem ao maior fórum de debate que ocorre no Douro, desde 2010.

Manuel Carvalho, jornalista e sub-diretor do jornal Público, assumiu o tom mais pessimista de todas as intervenções e pediu aos autarcas para alterarem as estratégias de desenvolvimento local: “Basta de construção de novas infraestruturas”. Na sua opinião, é urgente solucionar os problemas por que passam as cooperativas e a Casa do Douro e alertou para a contínua desvalorização do valor da marca Vinho do Porto.

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