Freguesia de Meijinhos, Pertence ao Conselho de Lamego e Distrito de Viseu, com 2,74 km² de área e cerca de 115 habitantes Densidade: 38,0 hab/km². Distaciada a cerca de dez quilómetros de Lamego.É uma aldeia muito antiga, e referenciada nas Inquirições de D. Afonso III em 1258 como reguengo. Em Fevereiro,grande Festa de convivio. Festa em Honra do S.Brás, onde se tem sempre boa musica e porco assado para todos.VISITE.
terça-feira, 18 de setembro de 2012
História para 18.09.2012
OS DOIS UMA DE LOBOS E RAPOSAS
Entre a raposa e o lobo, qual é o mais forte? – já
me perguntaram. Mais forte, mais forte é o lobo, mas mais
esperta é a raposa.
– E o que vale mais: a esperteza ou a força? – voltaram
a perguntar.
Neste ponto, respondo com a história que vão ver e
ouvir.
Andava uma raposa à procura de sítio onde fazer uma
casa. Achou um terreno ao seu gosto, limpou-o das ervas e
foi-se embora.
O lobo, que também andava à cata de terreno onde fazer
uma casa, passou por ali, viu a clareira limpa de ervas e
juntou madeira para levantar moradia. Depois, foi-se
embora.
A raposa, quando voltou e viu a madeira cortada,
começou a erguer as paredes. Depois, cansou-se e foi à
vida.
No dia seguinte, o lobo, ao ver as paredes da casa
levantadas, pregou-lhe o telhado e fez-lhe a mobília.
Quando, por sua vez, veio a raposa e viu a casa pronta,
meteu-se lá dentro.
– Alto lá. Essa casa é minha – disse o lobo, aparecendo.
– Qual quê? Minha é que ela é – replicou a raposa.
Mas, como não estavam para armar zaragata, resolveram
lá viver os dois. No entanto, quem menos se resignava com
a companhia era o lobo, que, vai não vai, se punha a dizer,
em voz de ameaça:
– Se eu quisesse a casa era só minha... Sim, se eu
quisesse.
A raposa, que não gostava destes modos, mas não podia
competir com a força do lobo, resolveu o caso assim:
Um dia, que andava no mato, encontrou um lobo morto,
talvez fugido dos caçadores. A muito custo, arrastou-o para
casa.
– Que aconteceu a esse desgraçado? – quis saber o lobo.
– Matei-o eu – respondeu a raposa.
– A senhora raposa? E como?
– Dizendo umas palavras mágicas para arrumar com os
lobos, umas palavras mágicas, que me ensinou a minha
avó. Quer saber? Começam assim "Chiri..."
– Cale-se, cale-se! Não diga mais – atalhou o lobo.
– Não quer saber? É assim "Chiribi..."
– Cale-se que me desgraça – gritou o lobo, fugindo a sete
pés.
E nunca mais apareceu lá em casa.
Afinal o que vale mais: a força ou a esperteza?
FIM
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