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quinta-feira, 20 de setembro de 2012

História para 20.09.2012

DESENHOS A GIZ

Vejam lá para o que lhe deu!
No primeiro dia de aulas, antes de a professora chegar, o
Joca foi para o quadro fazer desenhos.
Pegou no giz, suspirou fundo e pôs-se a desenhar o que
lhe vinha à ideia. E o que lhe vinha à ideia?
Ora! A praia, o mar, os toldos, a piscina, a esplanada, os
pinheiros, a bola a saltar, aquele piquenique na serra,
enfim, o tempo bom das férias, tudo o que lhe lembrava as
férias, que tinham acabado tão depressa.
O Joca suspirou de novo. Estava na aula, diante do
quadro, diante do seu desenho das férias. Felizmente que a
professora tardava a chegar...

Mas a olhar para o seu desenho com tanta coisa dentro,
mesmo assim parecia que faltava nem ele bem sabia o quê.
Que seria, que não seria?
Quando não se sabe, o melhor é indagar. Ir ver de perto.
Foi o que o Joca fez. Saltou para dentro do quadro.
Cá temos o Joca no meio do seu desenho. Passou pela
praia, molhou os pés nas ondas baixinhas, andou por aqui
e por ali e, já cansado de estar sozinho, subiu até uma casa
ao fundo, uma casa muito bonita, por sinal.
Foi subindo pelo quadro adiante... Passou pela piscina
vazia. Passou pela esplanada sem ninguém. Passou pela
clareira do piquenique desabrigada... Passou por todas as
recordações das férias, que o ventinho do Outono
começava a varrer. Até podemos confessar que o Joca
sentiu um poucochinho de frio, e assim uma vontade de se
abrigar, de se acolher a uma casa, onde o frio não chegasse.
Ah! Mas aproximava-se da tal casa. Aquela casa... Aquela

casa lembrava-lhe outra casa. Qual seria?
Vejam afinal como são as coisas. A casa era uma escola
e, na escola, havia um lugar à espera do Joca.
Tocava a campainha para o começo das aulas. Que
ninguém se admire. Estamos no tempo delas.
E o Joca não se admirou. Afinal as férias vão dar  à
escola. Está certo.


FIM


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